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sábado, 31 de março de 2012

Evangelho do Dia - 30/03/12



ISAÍAS

Capítulo 5
1. Eu quero cantar para o meu amigo seu canto de amor a respeito de sua vinha: meu amigo possuía uma
vinha num outeiro fértil.
2. Ele a cavou e tirou dela as pedras; plantou-a de cepas escolhidas. Edificou-lhe uma torre no meio, e
construiu aí um lagar. E contava com uma colheita de uvas, mas ela só produziu agraço.
3. E agora, habitantes de Jerusalém, e vós, homens de Judá, sede juízes entre mim e minha vinha.
4. Que se poderia fazer por minha vinha, que eu não tenha feito? Por que, quando eu esperava vê-la produzir
uvas, só deu agraço?
5. Pois bem, mostrar-vos-ei agora o que hei de fazer à minha vinha: arrancar-lhe-ei a sebe para que ela sirva
de pasto, derrubarei o muro para que seja pisada.
6. Eu a farei devastada; não será podada nem cavada, e nela crescerão apenas sarças e espinhos; vedarei às
nuvens derramar chuva sobre ela.
7. A vinha do Senhor dos exércitos é a casa de Israel, e os homens de Judá são a planta de sua predileção.
Esperei deles a prática da justiça, e eis o sangue derramado; esperei a retidão, e eis os gritos de socorro.
8. Ai de vós, que ajuntais casa a casa, e que acrescentais campo a campo, até que não haja mais lugar, e que
sejais os únicos proprietários da terra.
9. Os meus ouvidos ouviram ainda este juramento do Senhor dos exércitos: Grande número de casas, eu o
juro, será devastado, grandes e magníficas herdades ficarão desabitadas.
10. Dez jeiras de vinha não produzirão mais que um bato, e um homer de semente não dará mais que um efá.
11. Ai daqueles que desde a manhã procuram a bebida, e que se retardam à noite nas excitações do vinho!
12. Amantes da cítara e da harpa, do tamborim e da flauta, e do vinho em seus banquetes, mas para as obras
do Senhor não têm um olhar sequer, e não enxergam a obra de suas mãos.
13. Por causa disso meu povo será desterrado sem nada pressentir. Sua nobreza será atenazada pela fome, e a multidão, mirrada pela sede.
14. Por isso a morada dos mortos se alargará, e abrirá desmesuradamente a boca. O esplendor (de Sião) e sua multidão barulhenta, seu alvoroço e sua alegria desaparecerão dela.
15. O homem será curvado, os grandes serão humilhados, os olhares altivos serão abatidos,
16. e o Senhor dos exércitos triunfará no juízo; o Deus santo mostrar-se-á como tal, fazendo justiça.
17. Os cordeiros serão apascentados nesses lugares como em suas pastagens, e sobre as ruínas pastarão os
cabritos.
18. Ai daqueles que arrastam a correção com as cordas da indisciplina, e a pena do pecado como com os
tirantes de um carro!
19. (Ai) daqueles que dizem: Que ele se avie, que faça já sua obra, a fim de que a vejamos. Que o plano do
Santo de Israel se execute para que o conheçamos!
20. Ai daqueles que ao mal chamam bem, e ao bem, mal, que mudam as trevas em luz e a luz em trevas, que
tornam doce o que é amargo, e amargo o que é doce!
21. Ai daqueles que são sábios aos próprios olhos, e prudentes em seu próprio juízo!
22. Ai daqueles que põem sua bravura em beber vinho, e sua coragem em misturar licores;
23. (ai) daqueles que, por uma dádiva, absolvem o culpado, e negam justiça àquele que tem o direito a seu
lado!
24. Por isso, assim como a palhoça é devorada por uma língua de fogo, e como a palha é consumida pela
chama, assim a raiz deles sucumbirá na podridão e sua flor voará como a poeira, porque repudiaram a lei do
Senhor dos exércitos, e desprezaram a palavra do Santo de Israel.
25. Por isso o furor do Senhor se inflama contra seu povo, apodera-se dele e o castiga; os montes tremem,
seus cadáveres, como carniça, jazem nas ruas. Entretanto, sua cólera não se aplacou, e sua mão está prestes a precipitar-se.
26. Ele arvora uma bandeira para chamar uma nação longínqua, assobia para fazê-la vir dos confins da terra, e ei-la que, ágil, acorre às pressas.
27. Ninguém dentre eles se arrasta ou tropeça, ninguém dorme nem cochila; ninguém desata a cinta de seus
rins, nem desaperta a correia dos sapatos.
28. Agudas são as suas flechas e todos os seus arcos, entesados. Os cascos de seus cavalos são (duros) como a pederneira, e as rodas de seus carros assemelham-se à tempestade.
29. É (como) o rugido da leoa, e o rosnar do leãozinho. Ele brame e agarra a sua presa, e a carrega sem que
ninguém lha arrebate.
30. Naquele tempo, um estrondo, semelhante ao bramido do mar, retumbará contra ele. Quando olhar a terra, só verá trevas e angústia, e no céu se estenderão nuvens tenebrosas.

Comentário: Deus nos orienta como proceder diante das expectativas que temos diante das boas ações para com nossos semelhantes. Colocamos muita expectativa na gratidão das pessoas e esperamos que se modifiquem a nosso exemplo, quando na verdade, temos muito a modificar de nós mesmos. Ele se refere também a resposta que a humanidade dá todos os dias, diante de todas as bençãos que ele nos deu. Crucificamos seu filho querido todo santo dia, quando humilhamos nossos semelhantes, esposas, filhos, irmãos, pais, avós, quando negamos auxílio e comida a marginalizados, quando amaldiçoamos ladrões, enganadores e inimigos. Deus faz uma promessa, não só àqueles que foram contra sua natureza, mas também àqueles que tinham por missão resgatar humilhados e estropiados, que vieram ao mundo com o único propósito de auxiliar no resgate da humanidade, lhes promete o fogo eterno e as angústias de almas perdidas por toda eternidade. Mas também promete a bem aventurança àqueles que atenderem seu chamado e estejam de prontidão ao retorno do nosso senhor Jesus Cristo. Nunca é tarde para atender ao seu chamado, irmãos, orem muito, orem todos os dias, peçam iluminação à Maria Santíssima, pois ela também carrega a nossa cruz diária. Não desperdicem vossos tempos com atitude fúteis, com distrações sem propósitos, dediquem mais tempo a ouvir vosso Pai que vos criou com tanto carinho, e que tentou por muitas vezes te chamar atenção para a escolha certa, mas o renegaste. É chegada a hora, mais uma vez, de mostrar o caminho da terra prometida. "Quem tem olhos para ver que veja...."

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